Inspiração


O Beatbearing foi a principal fonte de inspiração para o nosso trabalho, pois trabalha a expansão dos sentidos utilizando sensores e objetos físicos criando música eletrônica de forma criativa e intuitiva.

Decidimos então tomar esse projeto como base, mas não queriamos nos limitar a um simples instrumento e sim algo maior em que diversas pessoas pudessem partcipar e interagir ao mesmo tempo. Foi então que tivemos a idéia de substituir as bolinhas dos intrumentos por pessoas e os slots por cadeiras.
Para que isso fosse possível, precisariamos de um espaço razoávelmente grande para nossa filmagem - deixando claro que fariamos apenas um vídeo demonstrando o conceito do projeto, uma vez que seria inviavél sua total construção física e funcional - também precisariamos de um pequeno grupo de voluntários para ir sentando nas cadeiras a medida que a música iria se formando e a batida ganhando rtimo. Para a edição de vídeo usariamos inicialmente o After Effects, para sincronização do vídeo com o som, o Sonar e para contruçao das batidas e edição de áudio o Fruitloops.

A cadeira e o equipamento

Para o Arduino reconhecer se existe ou não uma pessoa em uma das cadeiras da sala, optamos por usar sensores de pressão, pois seria muito complicado trabalhar com o tracking de câmera com muitas pessoas ao mesmo tempo em cena passando umas na frente das outras, quando levantassem das cadeiras. O tracking poderia se tornar impreciso a medida que uma pessoa, se movimentando, poderia ser interpretada como sentada a cadeira.
Para a execução seriam nescessários 32 sensores de pressão e 64 lâmpadas. Usaremos 2 lâmpadas para cada cadeira, pois serão nescessárias duas cores de iluminação, uma para especificar a linha do tempo, e outra para acender somente quando a cadeira esivesse sendo uilizada como instrumento ativo. Para tamanha quantidade de conexões teríamos que utilizar um multiplicador de portas, visto que o arduino (Duemilanove - http://arduino.cc/en/Main/ArduinoBoardDuemilanove) só tem 14 portas de entrada e saída. Para cada lâmpada usaríamos 2 portas, assim como para cada botão. O Duemilanove se conecta ao computador por USB e usa um próprio para arduino, compatíve com todas as plataformas (linux, pc e mac).
Em cada cadeira, portanto, haverá um botão e duas lâmpadas. Todas cadeiras estariam conectadas a um único arduino controlado por um único computador com caixas de som.

Espaço


Para a execução do projeto precisaríamos de uma sala ampla com cadeiras alinhadas. Com isto em mente, pesquisamos locais para a simulação. O auditório do RDC foi o primeiro, porém, ao visitá-lo percebemos que as cadeiras não são alinhadas e a quantidade de cadeira aumentava e cada fileira. Fomos à sala L780, onde seria possível executar, mas a sala não tinha horários disponíveis. Fomos então às salas L480 e L481, a sala tem 8 fileiras de cadeiras, cada uma com 8 cadeiras. A sala tem horários disponíveis e resolvemos trabalhar a simulação nela.
Com um modelo de cadeira já especificado, fizemos um esboço de onde ficariam as lâmpadas e o botão. (clique na imagem para ampliar)


Pessoas

No dia da apresentação da idéia, após apresentá-la, chamamos os integrantes da turma para nos ajudar com a gravação da simulação. Infelizmente, dos alunos, somente o Pedro Almeida pôde comparecer, além da Julia Motta, Rigel Romeu, Carla Costa e Leonardo Meireles. Com esta quantidade de pessoas (7) pudemos fazer um ritmo e sala, com a ajuda de um laptop com Fruitloops.

Edição de vídeo

Para começar a editar o vídeo precisaríamos de uma batida que condizesse com as pessoas sentando e levantando na gravação. Para tal feito usamos dois programas em conjunto, o Sonar e o Fruitloops. Utilizamos o Sonar pois ele marca o tempo de um vídeo de acordo com um compasso. Como planejamos que nosso projeto trabalharia com 60bpm (batidas por minuto) configuramos o Sonar para um compasso de 60bpm, assim poderíamos trabalhar mais facilmente com a sincronização do som no FruityLoops, contando o compasso no cronômetro do Sonar e sincronizando com o som que seria gravado no FruityLoops.
O som já sincronizado foi adicionado ao vídeo no After Effects e foi feita a estabilização da câmera (o tripé estava em cima de uma mesa), assim como a adição das luzes, título e créditos.
O resultado se vê abaixo:

Tecnologia e carros

Eu amo carros e tecnologia. Creio que juntar estas duas coisas não poderia dar errado, né? Na mairia dos casos realmente não. Os freios ABS, os airbags, combustíveis verdes.. Tudo muito bonito. Então quando a tecnologia começa a atrapalhar?
Pensem em um teclado que a cada tecla que você apertar fale ela em voz alta pra você. Tecnologia, né? Sim. Desnecessário, né? Totalmente.
Vamos a algumas tecnologias mal aplicadas em carros:

Ajuste eletrônico da altura do banco do carro.

Você tem milhares de motorezinhos pra evitar que você faça movimentos bruscos com o simples apertar de milhares de botões, e não é só isso! Você, adquirindo o sistema, automaticamente um assento extra-alto para caber todos os motores e circuitos. Isto tudo aumenta o peso do carro em alguns muitos quilos, assim como a facilidade de ter um problema.
Bancos com ajuste manual são muito mais leves, fáceis de se aprender a mecher e problem-safes.

Limpadores de para-brisa automáticos.

Eu ainda não entendo o porque da aplicação de uma tecnologia relativamente avançada para um uso tão futil. Toda vez que cai um pingo de qualquer líquido no para-bris do seu amado possante, os limpadores acordam e vão correndo limpar tudo pra você. Isso significa que se você estiver andando na cidade e respingar água de um ar-condicionado no seu carro, seus limpadores irão logo se ligar e secar tudo pra você. Assim como aqueles pingos de lama da chuva do dia anterior que o ônibus na mão contrária a sua insiste em jogar na sua cara... Eles serão prontamente espalhados em todo o seu para-brisa agora todo arranhado.
Os fabricantes, porém, tentaram tirar completamente os limpadores da linha de produção ou controlá-los com mais precisão. Fizeram um sistema que sentia a vibração das gotas ao cair no pára-brisa, tentaram revestir o vidro do carro com uma camada de material que não permitia que gotas se formassem, tentaram até evitar gotas com tecnologia supersônica, vibrando o vidro de um jeito que não permitia que gotas se formassem. É, os caras estudam.
O sistema que "tá dando certo" atualmente é o ótico. Tem uma câmerazinha infravermelha no retrovisor do carro que envia luz infrevermelha pro vidro, quando ela volta em um certo ângulo, tá tudo seco, quando ela não volta, tem um pingo e o limpador tem que ser ligado. O sistema pode ser desligado ou ajustado para o quão molhado você quer que o vidro esteja antes de ligar os limpadores. Sim, alta tecnologia. Desnecessária, ao meu ver.
Os limpadores "manuais" não costumam travar no on e não tem sensores e um para-brisa especialmente caro para funcionarem.

Faróis que acendem automaticamente

Acho que o ser humano ainda não perdeu a capacidade de distinguir quando está escuro demais ou não para ligar os faróis. Pode sim ajudar um pouco na segurança, mas o sensor humano não fica cheio de poeira ou simplesmente queima (considerando que o motorista, ao entrar no carro, enxerga bem).
A tecnologia em si é bem simples, célula fotosensível que quando tá escuro, fecha o circuito do farol, mas não concordo com o uso dela em carros.
Cintos automáticos (!)
Pois é, muitos não sabem ou simplesmente não se lembram destas maravilhas tecnológicas que te poupavam do trabalho imenso que é passar o cinto de um lado para o outro do seu corpo. Se você nunca viu ou não entende como raios isto funciona, aqui vai uma pequena demonstração:

Sim, exatamente isso que você viu. Ele fica lá pendurado e simplesmente desliza para você quando você fecha a porta, mas você notou alguma coisa estranha no cinto? Sim, ele não tem a parte de baixo. É um cinto de dois pontos, não de três, como conhecemos. O negócio é que esse esquema foi adotado nos anos 80 por algumas fabricantes como GM e Nissan e nos anos 80 acho que não era um grande problema ter um cinto de 2 pontos no banco da frente. Aconteceu de montes e montes de motoristas simplesmente escoregarem por baixo desses maravilhosos e tecnológicos cintos automáticos e irem de cara no pára-brisa. Não deu muito certo, como vocês devem imaginar.
No entanto, se você tivesse o cinto de cintura instalado em seu carro, você poderia colocá-lo manualmente, após o cinto automático escorregar pra você. Você vê sentido nisso? Nem eu.

Tubos de som

Sim, isso que você leu. Mas não são tubos para tirar o som do carro, são tubos para passar o barulho do motor pra dentro do carro!
Não é bem uma tecnologia, mas eu não pude esquecer dessa maravilha, falando em coisas inúteis que se põe em carros. Eles gastam quilos e quilos de material pra evitar que o som entre no carro e instalam tubos pra fazer com que o barulho do motor entre. Tudo bem que barulho de motor é super sexy e tal, mas convenhamos, tubos de som é sacanagem.
Você deve estar pensando que isso é uma tecnologia antiga feita pelos engenheiros loucos dos anos 70-80. Não é. O Ford Mustang 2010 tem estes tubos.

Ignição eletrônica.

Sério, o que eles tentaram simplificar fazendo uma ignição em um botão? Você põe a chave do carro no carro e aperta um botão. Sem este sistema você teria o incrível trabalho de enfiar a chave na ignição e girá-la. Essa tecnologia só complica (eletrônicamente falando) a ignição do carro e faz com que você esqueça facilmente suas chaves nele.

Painel eletrônico.

Realmente paineis eletrônicos são bem bonitinhos, mas não concordo em por informações vitais para o bom funcionamento do carro e até para a sua segurança em uma coisa tão frágil. Um velocímetro virtual pra mim não é muito confiável, pois eu sei quanta coisa pode dar errado até aquela informação chegar à minha pessoa.
A tecnologia aplicada nisso éum tanto quanto complicada... São diversos sensores de movimento, calor, velocidade, som, quase tudo enviando informações para uma espécie de computador interno e enviando tudo para o painel. Quando dá problema você não sabe se é o painel ou o sensor que tem problemas...

Câmeras e sensores para estacionar.

Você realmente precisa da tecnologia que usam para engatar ônibus espacias em estações espaciais para estacionar seu carro? Existem carros com 3 câmeras somente pra isso! Tudo bem, melhora a segurança para SUVs e carros grandes em geral... Mas seria bem mais barato se ele simplesmente fosse feito de modo que lhe oferecesse um melhor visão de dentro do carro.
Sistema de estacionamento automático.
Uma série de sensores medem o espaço entree os carros em uma rua pra saber se tem vaga para o carro. Quando tem, ele estaciona pra você. Isso envolve motores no volante do carro, controle eletrônico da marcha e dos pedais do carro, ou seja, MUITA coisa.
Porque é inútil? Vamos e venhamos, não é atoa que existe baliza no teste para pegar carteira de motorista.

Caixas de marcha inteligentes.

Uma caixa de marcha que no automático sabe se você está usando o carro de maneira esportiva e automaticamente se muda para o modo esportivo, alterando pontos de mudança e tempos. Uma caixa de marcha manual faz isso automaticamente dentro de sua cabeça, envolvendo bem menos cáclulos, mecatrônica e preço de manutenção.
A caixa tem uma central de controle que monitora a aceleração, movimentos do volante e marcha e "entende" se você está corendo em uma pista de corrida ou na dutra. Esta central abriga um computador que cuida da mudança automática de marchas e muda o set-up dela para o que o motorista está usando.

Marcha borboleta.

Realmente útil em carros de corrida e fórmula 1, porém totalmente useless em carros normais. Creio que não deve ser a coisa mais agradável do mundo estar no controle de um carro com um sistema destes em trânsito pesado. Acho também que isso meio que tira a atenção do motorista ao dirigir em si. É muito simples em uma viagem longa acabar perdendo a atenção no que se está fazendo(dirigindo) quando tudo é tão fácil...

Controle climático automático

Essa veio de uma tecnologia nova em um carro que lí a pouco tempo. O carro é o Acura MDX 2010, seu ar-condicionado é ligado com o sistema de GPS do carro. O computador de bordo com GPS sabe qual é a exata posição do sol em relação ao carrro e com essa informação ele manda ar mais frio para o lado do sol, mantendo assim uma temperatura homogênea em toda a cabine de passageiros.
Incrível, né? Mas quantos motores, processadores, cálculos e satélites são necessários para se fazer isso? Nos ar-condicionados manuais você consegue fazer isso manualmente, não é tão difícil e é bem mais flexível.

Cancelamento ativo de ruídos

Mais uma vez o Acura MDX 2010 me surpreendeu. Microfones internos "escutam" os sons do motor e outros sons que podem entrar na cabine e enviam outros sons com a frequência inversa, assim os cancelando.
Não acho que é muito saudável uma quantidade maior que o normal de frequências em nosso cérebro. Também acho que existe uma quantidade de microfones e auto-falantes grande demais nesse carro, depois de saber desta tecnologia.

Comandos de voz

Muitas pessoas podem discordar de mim, mas qualquer coisa que seja complicada demais para se fazer rapidamente com botões é desnecessária para um veículo funcionar. Fazer rotas e ligar para pessoas? Faça antes de botar a mão no volante e os pés nos pedais.
Visão noturna
Carros tem que ter faróis. Se está escuro demais para dirigir e seus faróis não dão conta, diminua ou dirija quando estiver clareando.
O carro tem uma série de lâmpadas infra-vermelhas que "iluminam" a estrada e uma câmera no retrovisor as recebe de volta. A imagem então é mostrada no painel do carro, ou no sistema de navegação, ficando na visão periférica do motorista.

Essas são algumas das tecnologias que eu já ouvi falar que eu considerei desnecessárias, mas existem muitas ainda que não ouvi e não sei da existência (por favor comentem se lembrarem de alguma). Existem algumas outras ainda, como o "assistente de atenção" que vê se o motorista está atento ou não e o "monitor de faixa" que percebe que você está saindo da faixa e te avisa.
Achei interessante mostrar um pouco desta parte da ciência que muita gente esquece, a parte que a aplicam de forma a fazer coisas simples. Algumas das tecnologias que mencionei podem ser o início de algo maior que os engenheiros podem chegar a conclusão com as experiências, mas creio que colocá-las no mercado é uma atitute irresposável por parte das montadoras. Coisa que infelismente a maioria dos compradores não vêem.

Eletroluminescência

Desta vez vamos falar sobre uma tecnologia que já é bem conhecida lá fora e é muito pouco conhecida aqui no Brasil. O fio eletroluminescente, a fita eletroluminescente e o papel eletroluminscente. Primeiro eu vou explicar que raios é essa tal de eletroluminescência.

Bem, para se obter a eletroluminescência você precisa usar voltagens altas para energizar elementos como o fósforo, que quando perde energia libera luz. Você faz isso com um processo relativamente simples: Você pega um vidro bem fino ou uma camada plástica, recobre com um condutor claro, coloca uma camada bem fina de fósforo, cobre o fósforo com um plástico fino e então acrescenta outro eletrodo. Essencialmente, o que você tem são dois condutores (um capacitor) com fósforo entre eles. Quando você aplica de 100 a 200 volts AC (corrente alternada) nos condutores, o fósforo energiza e começa a emitir fótons.

O fato de esta ser uma iluminação que pode ser obtida de qualquer superfície, sem se precisar de um objeto fixo como uma lâmpada aumentou e muito as possibilidades de aplicação e permite que façamos muitas coisas antes inviáveis como:







Papel de parede luminoso

Agora podemos fazer uma parede com sinalizações já embutidas ou simplesmente com enfeites luminosos ou iluminação no rodapé, como em um cinema ou como iluminação de emergência, por usar pouquíssima energia.






Vitrines luminosas
A utilização de fitas eletroluminescentes em vitrines pode diminuir o custo de montagem e de energia de uma vitrine ou stand, além de proporcionar uma luz difusa mais agradável que a luz oferecida por leds normais.










Publicidade
Um comercial feito com folhas eletroluminescentes pode ser mantido facil
mente por baterias por um longo período de tempo. Além de ter uma visibilidade muito maior que os cartazer normais de hoje em dia, iluminados por leds ou lâmpadas.









Moda
Por ser maleável e ter
a possibilidade de ser cortado em qualquer forma, há a possibilidade ainda de se fazer roupas com este material. Com a tecnologia de baterias já avançada uma roupa eletroluminescente é totalmente viável.





Aparelhos eletrônicos

Iluminação bem homogênea para todos os botões/visores de seu carro/ avião/ aparelho já é possível com eletroluminescência.









Segurança
Aplicada em roupas de policiais, bombeiros e construtores, a fita eletroluminescente facilita a identificação e localização de pessoas à noite. Ela também pode ser aplicada nos degrais de uma escada como iluminação em um ambiente escuro como um cinema. Também pode ser usada como adesivo em carros de autoridades como veremos no próximo exemplo





Fins estéticos
Além de todas essas utilidades a fita eletroluminescente é muito bonita e pode ser usada em muitas outras aplicações, como iluminação de carros e barcos.



Algumas caracterísitacas sobre estars "lâmpadas":

-Ela tem a espessura de uma folha de papel;
-Não quebra;
-Não queima;
-Não esquenta;
-É totalmente flexível;
-Pode ser cortada e/ou moldada no tamanho e formato desejado;
-Pode ser emendada;
-Está disponível em diversas cores;
-É alimentada através de inversores (110v, 220v ou baterias);
-E consome apenas 0,09mA/cm².


Um vídeo mostrando como é feita a instalação de uma tira de fita eletroluminescente. Um processo extremamente simples e limpo.


Um vídeo com algumas aplicações para este tipo de iluminação.

Displays, muitos, aos montes.

Tava vendo alguns vídeos de dispreyslays por aí. Tem gente fazendo display de tudo por tudo quanto é lugar!
Quem diria que daquelas coisas imensas, barulhentas, que demoravam a ligar, queimavam a toa, extremamente caras e quase sem uso na época se tornariam essass coisas lindas e maravilhosas que chamamos de OLED?
Pois então, veremos nesse post um pessoal que não tá feliz "só" com CRTs, plasmas, LCDs, OLEDs e tudo entre eles. Pode até ser que estes não tenham muita utilidade comercial, digo, pra consumidores tentando ver o orkut e entrar no MSN.
Vamos lá, aos displays:

LEDs

-Interativo
Uma loja (La Vitrine) resolveu fazer uma vitrine inteira de LEDs interativa em Londres. As pessoas passam na calçada e a virtrine quase que as chama para a loja. Pois é. Ficou lindo e divertido. O princípio da vitrine é chamar os clientes, não é? Creio que eu entraria na loja e compraria algo, não importa o que, só porcausa dessa vitrine. Além de tirar uma foto e fazer um vídeo na frente da loja, claro.
O tracking das pessoas na calçada ficou muito bem feito, tudo brilha na hora que você faz os movimentos. Tempo real a parada. Assite aí:

La Vitrine - Montreal from steven bulhoes on Vimeo.



-3D
Quem precisa de hologramas quando se tem 4096 leds e uma compania chinesa? Pois então, uma compania chinesa, a Seekway, pegou a idéia de um cara e aumentou um pouquinho a escala (4x, mais ou menos), além de ter adicionado a possibilidade de reproduzir imagens coloridas. O resultado foi um cubo com 16x16x16 leds, sendo cada um controlável individualmente em cor e intensidade. Ficou bonito, mas deve ter dado um puta trabalho soldar 8192 pontinhas de fio de led e depois tentar controlar isso tudo. Chineses e sua paciência/necessidade de trabalho...


Água

-Queda d'água
Que tal fazer uma chuvinha controlada? Não aquelas com a mangueira que você fazia no quintal da sua avó nas tardes ensolaradas de sábado. Tô falando de controlada MESMO. Tipo gota por gota. Então. Essa belezinha foi criada pelo professor Stephen Pevnick, um "professor de arte" na Universidade de Wisconsin Milwaukee e, segundo ele, funciona como uma impressora de jato de tinta, só que com 3000 válvulas organizando as gotas. O cara teve a idéia e executou em 1979 com uma plaquinha de circuito e algumas vávulas. #TonyStark


-Bolhas
É, um display de bolhas. Não consegui muitas informações sobre este display, mas pelo visto trabalha com uma série de tubos, cada um com um "fazedor de bolhas", o controle deve ser algo bem parecido com o das água caindo, só que ao contrário e mais lento. Ah, sem esquecer das luzes!


Fogo
No mínimo legal. Funciona como uma matriz, só que invés de pixels, ele tem mini lança-chamas. O efeito fica muito legal, mas não dá pra entender muito bem porcausa de sua (ainda)pequena escala. Acho que não vai fazer muito sucesso se realmente for necessário o uso de babacas dançando na frente dele.


Madeira

-Placas
Este display, assim como os outros que eu mostrarei aqui, se trata de um "espelho", ou seja, ele reproduz o que tá na frente dele. Não deixa de ser um display já que não é um espelho de verdade.
São milhares de motorzinhos conectados a milhares de plaquinhas conectadas a uma câmera no meio. É até meio simples, dependendo de quanta intensidade a câmera dá pra um certo conjunto de pixels, um sinal de força controlada é enviado para o motorzinho. Simples de entender, quase impossível de se fazer. Imagina a quantidade de motorzinho atrás dessa tela bonitinha aí.


-Tocos
Da mesma maneira que o primeiro que eu mostrei funciona, só que os motoreszinhos neste são para girar certos ângulos de toquinhos de madeira na "tela". A luz spot faz o resto da mágica e o efeito fica bem legal e até meio complicado de se entender no começo do filme.(mais informações na página do youtube do vídeo)


-Folhas
Algumas folhas de madeira impressas com um degradê conectadas a motorezinhos para girá-las. O princípio é o mesmo dos outros, mas pelo visual trançado e a grande variação de tonalidades esse é um dos mais legais, com certeza.


AHHH, quase esqueci! Um extrazinho pra todo mundo =))
Um "display" de impressoras! Vê aí que é legal, pessoal, rimando na moral, para não se dar mal, brincando de mau-mau (YO!).

Faz sentido?

As pessoas quando pensam em design lembram logo de coisas bonitas e organizadas. Realmente, muita coisa feita pensando no design acaba tendo estas características. Porém na maioria das vezes, quem projetou o objeto/idéia não teve só isso em mente.

Uma saída pra esse "olhar mecânico" que muitos designers usam é trabalhar com os outros sentidos. O notebook da série F6 da Asus, por exemplo, vem com fragrâncias de colônia de homem a cheiro de oceano.


Os quatro modelos cheirosos da Asus.




Esse tipo de abordagem pelo olfato tenta trabalhar com o emocional da pessoa, uma vez que o olfato está mais ligado com o emocional que qualquer outro sentido. O olfato é muito usado no design "comercial", ou seja, o design pra vender. Mais um exemplo que me lembro é a organização da rede de lojas Lojas Americanas. Sempre que há uma lanchonete nessas lojas ela é posta ao lado da porta, para que o cheiro do pão de queijo e do café fique sempre chamando os possíveis clientes que passam na porta. O cheiro característico das lojas da Mr.Cat. Muita coisas sutis, porém marcantes quando se fala de uma empresa.

Não só o olfato, mas também a audição pode ser trabalhada neste sentido. Muitas lojas de roupas e sapataos trabalham com playlists específicos para seu tipo de roupa. Um loja de uma grife que tenta passar uma imagem de atitude, por exemplo, mantém comosom ambiente músicas pop, tecno ou algo com batidas rápidas e cativantes.

Quem não lembra do jingle da rede de lojas Leader Magazine no natal? Pois é, essa é a intenção de quem criou a música. Fazer com que a qualquer momento você se lembre do ritmo e da melodia com o nome da marca nessa época do ano.

Combinar imagem com sons? Qualquer show de banda tem no palco imagens que, quando bem feitas, fazem total referência à letra ou o ritmo da música. Quanto a imagem eu não digo somente um telão com projeções, mas também o próprio palco, como em todos os shows do Daft Punk.


Quase todo mundo que sabe um pouco de música eletrônica e vê estes cabeça de lata reconhece de primeira e sabe do que se trata.

Existem muitas pessoas que somente pelo som reconhecem uma Harley Davidson. É um dos motivos pelo qual a fabricante não instala silenciadores. Assim como a Ferrari e seu som agudo e as Kawasakis com seu quase-assobio. Coisas que marcam seus donos e admiradores, que muitas vezes "marcam a marca".

Quanto ao toque, falando em tecnologia e toque, todos lembram do famoso touch-screen. Não é uma tecnologia nova, mas agora é relativamente barata e pode ser usado em quase tudo que tem botões. O grande democratizador do touch-screen foi o iPhone, que mostrou como é divertido não usar botões ou canetinhas pra brincar de telefonar.

O toque no design em tecnologia não se resume somente ao touch screen e também não somente ao toque no produto. Coisas como a temperatura do ambiente onde o produto é exposto, a textura das paredes, o chão. Tudo implica na decisão de uma pessoa sobre o que pensar sobre o produto, a marca ou a idéia.

Este sentido nos permite passar confiança também. Como quando um carro tem a maioria do seu acabamenteo feito em plástico, grande parte do público rejeita, pois parece que tudo vai entortar ou quebrar com o tempo(o que é verdade na maioria das vezes). Um produto pesado e firme geralmente passa uma imagem de rigidez, de coisa duradoura(vide iPhone).

E claro, a parte útil do toque. Existem muitos protótipos de celulares que trabalham com o toque, como por exemplo o Morph, da Nokia. Ele simula em sua tela botões, através da nanotecnologia, que possibilita que partes específicas da superfície da tela aumentem de tamanho.

É meio estranho falar de paladar em design, a princípio. Mas tem muita coisa a ver sim. Muitas vezes uma imagem de uma sanduiche-iche na frente de uma rede de fast food pode te dizer se vai ou não entrar pra provar. Isto tá sendo levado muito mais a fundo. A busca pela perfeição da representação de comida leva as pessoas a fazer coisas como isso:



Uma imagem que lhe dá água na boca pode fazer a diferença.
Creio que Design seja este bricar com os sentidos, usá-los para te atrair, te deixar curioso.